Sabemos que esse tema assusta um pouco e nem todo mundo quer falar sobre isso. Mas hoje é 10 de Setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Deixe de lado o seu preconceito, pois as doenças da mente, assim como as doenças cardíacas, renais ou endócrinas, são tratáveis.

Os profissionais que cuidam da saúde mental são o Psicólogo e o Psiquiatra.

Existem muitas doenças mentais e para cada uma existe um tratamento adequado, seja para depressão, transtornos ansiosos, alimentares, dependência química, dentre outras. Mas é importante ressaltar que há tratamentos eficazes.

Se você está incomodado (a) com seus pensamentos, sentimentos ou comportamento, é fundamental que você procure ajuda profissional. Com o tratamento adequado você pode melhorar muito a sua qualidade de vida ou ajudar a salvar vidas.

Cuide-se e esteja atento para ajudar quem precisa. Agir salva vidas!

FATORES DE RISCO AO SUICÍDIO

 

Existem alguns fatores que aumentam o risco de suicídio:

Abuso sexual na infância
Alta recente de internação psiquiátrica
Doenças incapacitantes
Impulsividade/Agressividade
Isolamento Social
Suicídio na família
Tentativa prévia
Doenças mentais

FATORES DE PROTEÇÃO AO SUICÍDIO

Existem alguns fatores relacionados à vida de uma pessoa, que podem atuar como proteção para o suicídio:

Ausência de doença mental
Autoestima elevada
Bom suporte familiar
Capacidade de adaptação positiva
Capacidade de resolução de problemas
Estar empregado
Realização de pré-natal
Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares
Relação terapêutica positiva
Frequência a atividades religiosas
Ter sentido existencial
Senso de responsabilidade com a família
Ter crianças em casa

 

Toda pessoa tem alguns fatores protetivos e alguns fatores de risco para o suicídio. Sendo assim, na prevenção ao suicídio, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção e diminuir os de risco.

Aumentar contato com familiares e amigos
Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental
Envolvimento em atividades religiosas ou espirituais
Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado
Reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas

É comum que em situações de crises, especialmente se a pessoa tem uma doença mental, surjam pensamentos de morte e mesmo de suicídio. No entanto, felizmente, a imensa maioria das pessoas que pensa em suicídio encontra melhores modos de lidar com os problemas e superá-los.
Para isso, é essencial identificar o problema e buscar os diversos modos saudáveis e construtivos de enfrentá-lo.

 

 

SUICÍDIO – ATENÇÃO AO JOVEM 

 

Como sabemos, os jovens estão suscetíveis às mudanças fisiológicas que são características da fase de amadurecimento físico e psíquico.
Quem convive com um adolescente, sabe que as mudanças nem sempre são fáceis. Nós sabemos que tudo isso vai passar, mas para isso precisamos trabalhar juntos em prol da criança ou do jovem que está precisando da nossa ajuda.

Como identificar que o jovem está precisando de ajuda?

Sabemos que essas mudanças fisiológicas podem ser um dos fatores que levam ao desencadeamento de doença
psiquiátrica, um gatilho para a pessoa que tem predisposição genética para desenvolver doença mental. Por isso devemos ficar atentos a alguns sinais.

Em primeiro lugar, é necessária a observação. Os pais precisam perceber as mudanças de comportamento dos filhos, os sinais que crianças e adolescentes emitem quando estão passando por algum problema.

Alguns destes comportamentos são isolamento, impulsividade, tristeza constante, distorção de imagem corporal, dificuldade de relacionamento com pessoas da mesma idade, insegurança, queda no desempenho escolar, crises
de raiva, baixa autoestima, atração por comportamentos de risco, dentre outros.

 

Precisamos falar sobre automutilação?

A automutilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo
sem intenção consciente de suicídio, mas que é considerado fator de risco para o suicídio.
Ao lidar com as frustrações ou quando estão vivendo situações extremas, os jovens podem recorrer a comportamentos de risco e agressivos, sejam com outras pessoas, sejam consigo mesmos.

Por isso, devemos ficar atentos aos seguintes comportamentos: consumo de álcool e outras drogas, começo de vida sexual precoce e, principalmente, as lesões que nunca cicatrizam, arranhões, falta de cabelo em locais específicos da cabeça, mordidas, manchas, queimaduras que sempre surgem sem explicação. Mas atenção, muitas vezes essas lesões ficam em locais escondidos, nem sempre são nos braços ou pernas.

A intensidade, repetição e continuidade também são importantes para o diagnóstico.

A automutilação é muito grave, por isso nunca deve ser considerada exagero ou “frescura”. Os comportamentos
auto agressivos precisam ser tratados com médico psiquiatra e terapia sob o risco de, se não tratados, podem levar ao suicídio.

 

Como abordar o jovem?

A informação correta com orientação especializada é sempre o melhor caminho. Os pais, responsáveis e educadores
precisam estar atentos para debater essas questões em casa e no ambiente escolar.
Ter doença mental diagnosticada é o mais importante para avaliar a automutilação, mas existem dois fatores de risco
da automutilação que podem ser observados e combatidos, como o uso de drogas e o bullying. Portanto, esses temas
podem e devem ser presentes nas conversas em família e também nos debates nas escolas.
Os professores, caso percebam que a criança e ou o adolescente apresentem sintomas de doenças psiquiátricas,
é importante que alertem os pais para que possam buscar ajuda profissional adequada.

 

Sugerimos abaixo algumas perguntas para guiar a conversa em casa ou na escola:

Você já sentiu vontade de se cortar?
Quando fez esses ferimentos, você pensava em quê? O que sentia?
Você já sentiu vontade de desaparecer ou morrer?
Quantas vezes você repete esses ferimentos por semana, dia?

A automutilação, assim como todas as doenças psiquiátricas, têm tratamento. Por isso, busque ajuda de um Psicólogo ou psiquiatra.

 

Esta página foi elaborada com base no conteúdo da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria para apoio a campanha de prevenção ao suicídio – Setembro Amarelo – Agir Salva Vidas.

 

Para mais informações e acesso ao conteúdo completo acesse www.setembroamarelo.com 

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