Nuances da ansiedade:
O Tempo

 

Qual é o conceito de “tempo” pra você? Talvez você responda que é algo que falta na sua vida, que o dia deveria ter mais horas, a semana mais dias, pra você conseguir dar conta de tudo que precisa fazer. Muita gente traz esta ideia de tempo, vivenciando uma rotina até perturbadora pela necessidade incessante de realizar tarefas e da frustração de não conseguir finalizá-las.

Gosto muito de trazer à reflexão a “rivalidade” entre “tempo real” e “tempo psicológico”. Cada pessoa tem um ritmo próprio e uma apropriação de tempo, e, existe o tempo real que é imutável, não subjetivo.

Nosso tempo psicológico muitas vezes nos parece mais curto do que o real, geralmente devido à forma que organizamos nossa demanda, ao nosso foco de atenção, ao conceito de “multitask” (e até uma obrigatoriedade em seguí-lo).

O fato é que estamos condicionados à hiperestimulação com atividades em várias áreas da vida. A baixa estimulação nos sufoca, o estado de alerta e prontidão dominam.

“O tempo para descanso e a regeneração dos seres humanos é simplesmente caro demais para ser estruturalmente possível no capitalismo contemporâneo.” (Crary 2014 )

O que você pensa sobre isso? Você consegue fazer diferente? Você consegue quebrar o ciclo vicioso de se sentir sempre “devendo” algo pro tempo?

Quebrar este ritmo parece ser impossível e é bem dificil mesmo pois somos exigidos e estamos imersos na cultura. Analise se esta exigência é mais sua ou do coletivo. Se for sua, será que consegue reformular suas diretrizes pessoais, reorganizar sua vida, mudar algumas regras e até fazer menos atividades por dia?

Pelo menos aguce sua percepção para se conscientizar sobre o que tem feito, como tem vivido, e, dedique um tempinho pra escolher o que quer fazer daqui pra frente. Alinhe sua mente, corpo e ambiente para ser mais funcional. Acredite, é possível.

Psicóloga Giselle Dechen

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

CRP. 12/11788
www.giselledechen.com.br
F. (48) 99192-0894

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